Alitalia é a 3ª a bater com a porta e a abandonar a Associação das Companhias Aéreas Europeias (AEA). Alitalia declarou oficialmente: Acreditamos que as empresas europeias só podem ter êxito no mercado global aceitando a liberalização e desenvolvendo em simultâneo novos investimentos, criando empregos e serviços para os passageiros globais.
O que têm em comum as Companhias de Aviação que deixam a AEA?
Nas últimas semanas saíram da AEA o grupo IAG (composto pela Iberia, British Airways e Iberia Express) e a Air Berlin. Em comum com todas elas está o facto de terem como accionistas uma Companhia Aérea do Golfo Pérsico. No caso da Alitalia, a Ethiad Airways com sede em Abu Dhabi nos Emirados Árabes Unidos detêm uma participação de 49% na empresa de aviação italiana.
A Etihad é também proprietária de 29,21% do capital da Air Berlin. No caso do grupo IAG é a Qatar Airways que tem 10%.
Porque deixou a Alitalia a Associação das Companhias Aéreas Europeias?
A AEA tem defendido um maior proteccionismo do espaço aéreo europeu principalmente porque as empresas do velho continente estão proibidas de receber ajudas dos países onde estão sediadas ou onde operam, alegando que por outro lado, as Companhias do Golfo recebem contribuições significativas dos Emirados e Qatar criando uma concorrência desleal.
Estas saídas da Organização abrem assim uma frente de batalha na Europa que se estende igualmente aos Estados Unidos, onde o Departamento Americano dos Transportes e Comércio iniciou uma investigação promovida pela Delta, United e American às alegadas reivindicações que 3 companhias aéreas estrangeiras (Emirates Airline, Etihad Airways e Qatar Airways) receberam e estão a beneficiar de subsídios de seus respectivos governos.