Salário do CEO da easyJet baixa 4.5% para não haver descriminação

Marnie Munns Comandante da Companhia Aérea easyJet

Marnie Munns Comandante da Companhia Aérea easyJet

O actual CEO da EasyJet do sexo masculino, Johan Lundgren, decidiu voluntariamente baixar o seu salário em 4.5% para coincidir com o da sua antecessora no cargo, Carolyn McCall, para não haver qualquer descriminação de género. O seu salário inicial anual estava fixado em £740.000, mas agora será reduzido para £706.000, o mesmo que ganhava Carolyn McCall quando saiu da companhia aérea de baixo custo britânica.

Ao anunciar esta alteração aos investidores, ele disse: “Na easyJet estamos absolutamente empenhados em dar igualdade de remuneração e oportunidades iguais para mulheres e homens. Eu quero que se aplique a todos na easyJet e mostro o meu compromisso pessoal. Solicitei ao Conselho que reduza o meu vencimento para ser igual ao da Carolyn quando estava na easyJet.”

O novo CEO da easyJet disse igualmente estar empenhado em acabar com o desequilíbrio de género na comunidade de pilotos da companhia aérea que aumentam as diferenças de remuneração gerais, comprometendo-se não a apenas atingir o objectivo de que 20% dos novos pilotos da easyJet sejam mulheres até 2020, mas ir mais longe do que isso no futuro.

A diferença geral salarial entre homens e mulheres na easyJet é de 51.7%, impulsionada pelo enorme desequilíbrio de género na comunidade de pilotos da indústria. “Os pilotos representam uma grande proporção dos funcionários da easyJet, eles são pagos com melhores salários do que os outros funcionários, mais materialmente, 94% deles são homens“, disse a companhia aérea.

Neste caso não se trata de salários desiguais. Os salários dos pilotos (e tripulações de cabine) da easyJet são colectivamente acordados e negociados com os sindicatos, o que significa que os vencimentos pagos são exactamente os mesmos para homens e mulheres. Há três anos, a easyJet lançou a iniciativa Amy Johnson para incentivar mais mulheres a tornarem-se pilotos.

A companhia low cost quer que 20% dos novos pilotos sejam femininos até 2020, acima dos 6% em 2015. No ano passado a easyJet recrutou 49 pilotos femininos, um aumento de 48% em relação ao ano anterior, elevando a proporção de pilotos feminino de easyJet novos para 13%.

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