A Ryanair emitiu um comunicado anunciando que vai cancelar entre 40 a 50 voos por dia na sua rede, durante as próximas 6 semanas e até ao fim de Outubro, com o objectivo de melhorar a pontualidade que caiu abaixo dos 80% nas duas primeiras semanas de Setembro.
Segundo a companhia aérea low cost este decréscimo na pontualidade deveu-se a uma combinação de greves e falta de resposta dos controladores aéreos, perturbações climáticas e o impacto de um aumento de férias dos pilotos e tripulações de cabine, devido a um rearranjo laboral que colocará o período de férias da empresa a vigorar numa base anual a partir do dia 1 de Janeiro de 2018.
Durante o pico do Verão, a Ryanair operou num calendário recorde com os níveis de tráfego a atingirem em Julho 12.6 milhões de clientes e Agosto 12.7 milhões levando-a a transportar mais de mil milhões de passageiros desde que iniciou as suas operações em 1985, mas tem alguma tripulação a ter que gozar férias até ao dia 31 de Dezembro de 2017 para mudar para um calendário anual (conforme exigido pela IAA) a partir de 1 de Janeiro de 2018 em diante.
Estes números de tripulação mais apertados e o impacto das restrições de capacidade do Controlo de Tráfego Aéreo no Reino Unido, Alemanha e Espanha, bem como as greves francesas e o clima adverso (trovoadas) provocaram atrasos significativos nas últimas semanas. O desempenho na pontualidade da Ryanair diminuiu de 90% para menos de 80% nas últimas duas semanas, um valor que a companhia aérea considera inaceitável.
Ao reduzir o seu calendário de voos programados nas próximas seis semanas em menos de 2% (dos seus mais de 2.500 voos diários), a companhia aérea de baixo custo acredita que conseguirá restaurar o desempenho na pontualidade para a sua média de 90%.
A Ryanair pediu desculpa pelo inconveniente causado aos clientes por estes cancelamentos. Os clientes serão contactados directamente sobre o número de cancelamentos e ser-lhes-à oferecido voos alternativos ou o reembolso total.