A ponte aérea operada pela TAP Portugal entre Lisboa e Porto que teve inicio a 27 de Março está a ter sucesso e a bater recordes de passageiros entre as 2 principais cidades portuguesas segundo declarações da Companhia Aérea. Por outro lado o presidente da Câmara Municipal do Porto (CMP), Rui Moreira, afirmou que está a ser um fracasso, justificando que existem voos com apenas 6% de ocupação, sendo a média dos 18 voos diários de 57%. Nesta guerra de números, afinal quem tem razão? Só o tempo o dirá se a ponte aérea é viável ou não, é preciso dar tempo para que a rota se consolide e a partir dai tirar conclusões. Todas as tentativas de ligar as duas grandes cidades portuguesas em ponte aérea falharam, primeiro com a LAR (Linhas Aéreas Regionais) em 1985 e em 2003 com a Air Luxor. Mas os tempos são outros, as operações da aviação são menos dispendiosas e o mercado alvo é muito maior.
Recorde de Passageiros do ponto de vista da TAP
A ocupação tem correspondido ao nível de reservas estimado da Companhia Aérea. A TAP assegurou que logo no primeiro dia foi batido um recorde de passageiros.
Segundo a TAP, “Para atingir os seus objectivos, a Companhia é obrigada a utilizar os seus meios com racionalidade, o que implica a suspensão de rotas que apresentem resultados deficitários, nomeadamente nove rotas à partida de Lisboa e quatro à partida do Porto. Este conjunto de mudanças, associadas ao reforço de algumas rotas estratégicas e à oferta de um novo produto nas ligações entre o Porto e Lisboa, permitem obter uma melhoria de resultados na ordem dos 60 milhões de euros”.
Câmara do Porto fala em fracasso da ponte aérea Lisboa-Porto
A CMP chega mesmo a divulgar os números de ocupação por voo do primeiro dia de operações da ponte aérea, afirmando que a taxa de ocupação média da TAP foi de 57%, comparando com a concorrente low cost Ryanair que realizou seis voos entre as duas cidades (3 em cada sentido), com taxas de ocupação sempre acima dos 70% e uma média de 78% utilizando os aviões Boeing 737 quase com 200 lugares.
Segundo a Câmara Municipal do Porto existiram voos com 6% de ocupação, e que, apesar da maioria das ligações terem acontecido com aviões de pequena dimensão e poucos lugares, as taxas de ocupação foram muito baixas.