Em entrevista a um jornal francês Michael O’Leary da Companhia Aérea Low Cost prevê que as tarifas aéreas da Ryanair ainda desçam 10 a 15% nos próximos 2 anos a manterem-se as condições actuais.
Porque afirmou que fez poupar 10 biliões de euros por ano aos consumidores europeus?
O cálculo é simples: o custo médio do nosso bilhete de avião é 46€ quando a média nos voos de curta duração na Europa é de 170 euros. Cada passageiro Ryanair tem portanto, um potencial de poupança de 120 euros. Como transportamos 90 milhões de passageiros no ano passado, é fácil obter este resultado. Comparando com a Air France cujo preço médio da passagem aérea é cerca de 300 de euros, a poupança é ainda maior. Falo, naturalmente de voos operados nos dias em que seus tripulantes não estão em greve!
Irónico como sempre, Michael O’Leary respondeu ainda a mais algumas perguntas na noticia 729656 do Le Journal Du Dimanche:
Para ter bilhetes a 46 euros em média tem que cortar custos em algum lugar, certo?
Como pode um supermercado que vende papel higiénico ter um preço, e a três quarteirões de distância, venderem a metade do preço? É tudo uma questão de volume. Recebemos no ano passado 800 milhões de lucro. Bilhetes com preço mais elevado nunca foram uma garantia de mais segurança.
Os preços das tarifas aéreas da Ryanair podem descer ainda mais?
Absolutamente, de 10 a 15%, pelo menos durante os próximos dois anos. Em 2016, devemos ter como preço médio 40€. Este é o resultado da queda dos preços do petróleo que vamos passar para as passagens aéreas. Também continuamos a aumentar o número de passageiros transportados e a reduzir os nossos custos. As nossas novas aeronaves são equipadas com motores que consomem, em média, 18% menos combustível. Elas também têm mais capacidade permitindo transportar mais passageiros. E da parte dos aeroportos, podemos continuar a obter melhores taxas aeroportuárias negociando com as infraestruturas que se querem desenvolver.
Como você vê o mercado europeu daqui a cinco anos?
Como hoje: Ryanair em 1º lugar, segundo para EasyJet e Lufthansa, IAG (grupo British Airways e Iberia) e Air France em último. A única mudança é que estes três terão uma proporção significativa de seu capital detido por empresas do Golfo, como é o caso do grupo IAG em que a Qatar Airways tem 10% desde o inicio do ano.