Lanzarote tem 1º Museu Subaquático da Europa a 15 metros

2 estátuas do Museu Atlântico submerso da ilha de LanzaroteO primeiro museu subaquático da Europa já é uma uma realidade com a instalação de vários conjuntos de esculturas pelo artista internacional Jason deCaires Taylor no fundo do mar na baía de Las Coloradas na ilha de Lanzarote nas Canárias (Espanha).

A instalação museológica está acessível a mergulhadores de todos os níveis. O projecto foi concebido para aumentar a biomassa marinha e para agir como uma zona de reprodução para espécies locais numa área declarada Reserva da Biosfera pela UNESCO.

O projecto faz parte do Museu do Atlântico e vai criar um grande recife artificial feito a partir de uma série de instalações artísticas de alta densidade e com PH neutro, que não afectam o ecossistema marinho, flora e fauna locais. Não foram utilizados metais e materiais corrosivos. As esculturas estão submersas a uma profundidade entre 12 e 15 metros e recriam cenas da vida quotidiana.

O artista Jason deCaires Taylor, internacionalmente famoso pelas suas instalações de esculturas em museus subaquáticos nas Bahamas, Cancun e Antilhas, usa seu trabalho para realçar a defesa dos oceanos e para transmitir um nível de pensamento crítico sobre a exploração intensiva dos recursos naturais.

Instalação Medusa no Museu subaquático da ilha Lanzarote

A escolha de Lanzarote não foi por acaso, esta ilha das Canárias já é um destino internacional de ligação entre arte e natureza devido:

  • Ao trabalho do artista insular César Manrique que foi um activista do desenvolvimento sustentável;
  • Primeiro destino global que recebeu a certificação Biosphere Responsible Tourism, pelo Conselho Global de Turismo Sustentável (GSTC) filiada na OMT.

A primeira fase do Museu Atlântico será composto pelas seguintes 6 instalações:

  1. Rubicon, um agrupamento de 35 figuras humanas deslocando-se na mesma direcção, tendo como destino o Oceano Atlântico (na 1ª foto);
  2. Salva-vidas da Medusa, uma reflexão sobre as crises humanitárias, com base nos quadros de Gericault (2ª foto);
  3. Jolateros um grupo de crianças em pequenos barcos da região, conhecidos como “Jolateros“;
  4. Conteúdo, um casal a tirar uma selfie convida-nos a reflectir sobre a utilização de novas tecnologias e o narcisismo obsessivo;
  5. Esculturas híbridas, fusões naturais entre a natureza e a humanidade, com esculturas metade humano metade cacto, vivendo em harmonia;
  6. Os fotógrafos, uma peça que convida à reflexão entre as novas tecnologias e o voyeurismo.
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