Alguns voos que estão a aterrar em países europeus vindos de destinos atingidos pelo vírus Zika estão a ser pulverizados com insecticidas para matarem os mosquitos que eventualmente estejam a bordo numa tentativa de impedir a propagação do vírus.
Esta medida está especialmente a ser efectuada regularmente no Reino Unido onde o governo está empenhado em combater os mosquitos que estejam no interior da cabine aeronaves que viajam desde os países da América Latina, Caraíbas e até Florida (EUA).
A par desta situação, uma série de companhias aéreas tem informado a sua tripulação de cabina que podem alterar os voos para os quais estão escalados, se estão preocupados em contrair o vírus Zika nas rotas para países afectados. Algumas empresas de aviação tem divulgado a disponibilidade de alteração da tripulação de voo como a:
- Lufthansa;
- Air France;
- United;
- Delta;
- American Airlines.
A Air France disse que também tinha disponibilizado esta flexibilidade durante o surto de Ebola e uma porta-voz da Lufthansa disse que até agora apenas alguns membros da tripulação tinham mudado as rotas por causa de receios sobre o Zika.
O vírus Zika, que é transmitido pela picada dos mosquitos, acreditada-se ser responsável por danos cerebrais nos fetos em gestação e subdesenvolvimento do perímetro da cabeça.
O primeiro caso na Europa de uma mulher grávida com o vírus foi diagnosticado em Espanha no dia 4 de Fevereiro, após ter efectuado uma viagem recentemente à Colômbia.
O procedimento de pulverização conhecido como desinfestação, não é um procedimento novo, já acontece com frequência em muitos voos como precaução contra a malária. Mesmo sem pulverização é muito pouco provável que o mosquito resista às baixas temperaturas da Europa e muito menos consiga reproduzir-se.