O grupo hoteleiro RIU que explorava 10 hotéis na Tunísia decidiu abandonar o país a 1 de Janeiro de 2016. A cadeia estava presente na Tunísia desde 1999 e tinha 4 unidades em Hammamet, 3 em Port El Kantaoui, um em Mahdia e 2 na ilha de Djerba. Numa consulta ao site RIU já não existe qualquer referência aos estabelecimentos.
Durante a temporada baixa, desde Novembro, o grupo já tinha encerrada 5 hotéis, agora a decisão é mesmo para deixar de gerir qualquer hotel na Tunísia.
A forte quebra no turismo após os diversos ataques terroristas que o País tem sido alvo têm prejudicado toda esta indústria afectando milhares de pessoas. Relembramos os 3 principais que ocorreram em 2015:
- Ataque no Museu do Bardo e Parlamento Tunisino fez 19 mortos no dia 18 de Março;
- Atentando na praia do hotel Imperial Marhaba em Sousse fez 38 mortos a 26 de Junho;
- Autocarro de guardas presidenciais sofreu atentado na avenida Mohamed V na cidade de Tunes, provocando diversas vitimas mortais a 25 de Novembro.
Estes acontecimentos levaram muitos operadores turísticos europeus a cancelarem as suas operações na Tunísia pelo menos até Março deste ano. Após esta data vão reavaliar a situação.
Nos primeiros 9 meses de 2015 o número de estrangeiro que chegaram à Tunísia tinha descido 20% de acordo com o Ministro do Turismo Salma Loumi.
Ele afirmou que o país, que está fortemente dependente do turismo, tinha perdido um milhão de visitantes, como resultado dos ataques terroristas. Este sector de actividade representa cerca de 7% do Produto Interno Bruto da Tunísia, por isso o Governo tem aumentado a segurança em torno de locais turísticos e outros locais populares desde os ataques terroristas, que foram realizadas por grupos militantes do Estado islâmico.
O Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido mantém o aviso dizendo que ainda não existe segurança suficiente para os turistas britânicos e continua a não recomendar as viagens para aquele país.