A companhia aérea regional Flybe entrou em insolvência. A queda na procura por viagens aéreas após o surto de coronavírus foi parcialmente responsável, disse a operadora em comunicado.
Acredita-se que cerca de 2.000 empregos estejam em risco. O site da companhia aérea aconselha os clientes a “não viajarem para o aeroporto”, a menos que tenham conseguido um voo alternativo.
A Flybe que apresenta problemas financeiros desde o ano passado, esteve perto da recuperação em Janeiro, com o governo britânico controversamente a concordar em adiar até 10 milhões de libras em impostos para ajudar a sua sobrevivência.
Uma proposta para um novo acordo financeiro falhou na noite do dia 4 de Março de 2020. Numa carta aos funcionários, o CEO da Flybe, Mark Anderson, disse: “Apesar de todos os esforços, agora não temos alternativa – não conseguimos encontrar uma solução viável que nos permitisse continuar a negociar. Lamento muito por não termos conseguido garantir o financiamento necessário para continuar as nossas operações.”
A Flybe foi adquirida por um consórcio liderado pela Virgin Atlantic e pelo Stobart Group em Janeiro do ano passado, com planos de reconfigurá-la como Connect Airways nos próximos meses.
A Flybe chegou a ser a maior companhia aérea regional da Europa e realizou mais vôos domésticos no Reino Unido do que qualquer outra companhia aérea, cerca de 38% de todos os voos internos no Reino Unido no ano passado, mesmo com a redução de bases e rotas.
A transportadora operava 139 rotas e voava para oito países de 56 pontos de partida no Reino Unido e na Europa.
A Flybe era a maior companhia aérea programada por movimentos de tráfego aéreo nos aeroportos de Aberdeen, Belfast, Birmingham, Cardiff, Exeter, Ilha de Man, Manchester, Newquay e Southampton.
A Flybe chegou a voar para o aeroporto de Faro a partir de Doncaster e Southampton. A transportadora regional operava uma frota de 68 aeronaves, na maioria Bombardier Q400.