O presidente russo, Vladimir Putin, autorizou a permissão dos voos comerciais entre a Rússia e o Egipto após uma suspensão de dois anos. Esta medida deverá colocar mais pressão noutros governos, nomeadamente no governo britânico, para reverem a sua própria posição relativamente ao levantamento das suspensões aéreas.
“Estamos muito satisfeitos que os voos entre o Egipto e a Rússia sejam agora retomados, já que, é um sinal claro da confiança que o governo russo tem nos padrões de segurança introduzidos na aviação e nos aeroportos egípcios”, disse Amr El-Ezabi, director da Autoridade de Turismo do Estado egípcio para o Reino Unido e Irlanda. Amr El-Ezabi acrescentou dizendo “Esperamos que isso encoraje o regresso das ligações para Sharm el Sheikh do Reino Unido de maneira a que os turistas possam retornar ao destino”.
Uma vez que é um dos principais destinos de sol de inverno para os turistas britânicos, Sharm el-Sheikh sofreu bastante desde que os vôos de vários países europeus para o aeroporto foram suspensos após o acidente de 2015 com uma aeronave russa da companhia aérea Metrojet logo após a descolagem.
Outros destinos egípcios, como Hurghada e as Baías do Mar Vermelho, têm-se esforçado arduamente para substituir gradualmente Sharm el Sheikh, oferecendo o mesmo tipo de praia durante todo o ano e atracções de mergulho.
A Rússia suspendeu todos os voos para o Egipto, não apenas para Sharm el Sheikh, imediatamente após o incidente do Metrojet, citando preocupações de segurança com os aeroportos. O governo egípcio já investiu 17 milhões de euros para aumentar os padrões de segurança aeroportuária, trabalhando com uma empresa britânica de segurança da aviação. Todos os países europeus, com excepção do Reino Unido, já levantaram a suspensão dos voos para o Egipto.
A EgyptAir vai inicialmente operar ligações do Cairo para Moscovo três vezes por semana a partir de Fevereiro de 2018, anunciando brevemente vôos charter para os seus destinos de férias.