A British Airways está a tentar determinar se a falha tecnológica no passado fim de semana que causou o cancelamento de centenas de voos foi provocada por uma falha mecânica ou erro humano. As investigações centram-se na fonte de alimentação ininterrupta (UPS) na Boadicea House, um dos dois centros de dados da companhia aérea britânica perto do aeroporto de Heathrow.
Na manhã de sábado, a energia eléctrica para a Boadicea House através da UPS foi desligada por uma razão desconhecida, de acordo com o Telegraph. Em circunstâncias normais, a alimentação eléctrica teria sido restaurada gradualmente nos servidores, enquanto o outro centro de dados da British Airways, no Comet House, teria também sofrido um corte de energia.
No entanto, quando a energia foi restaurada, os servidores da companhia aérea ficaram danificados. Estes continham dados sobre os clientes, tripulantes, rotas e outras informações operacionais, fazendo com que os voos fossem cancelados em todo o mundo deixando 75 mil passageiros em terra.
A British Airways culpou inicialmente os fornecedores locais de energia pela catástrofe que terá provocado um pico de tensão danificando os computadores, no entanto os fornecedores negaram com provas que tal tenha sucedido naquela área de Londres.
O CEO da British Airways, Alex Cruz, está actualmente a conduzir uma investigação para apurar as causas desta falha catastrófica para a companhia aérea, tendo recebido o apoio público de Willie Walsh, o responsável da IAG que controla a BA.
Um porta-voz de Willie Walsh afirmou que os eventos no passado fim de semana nada tinham a ver com as decisões administrativas tomadas por Alex Cruz, que passou a liderar a British Airways em Abril de 2016, tendo como um dos principais objectivos a redução de custos da companhia. No entanto, Cruz foi criticado pelo sindicato GMB por demitir funcionários de Tecnologias de Informação no Reino Unido e sediar estes serviços na Índia.