A maior companhia aérea low cost da América do Sul, Gol Linhas Aéreas, vai cancelar todos os seus voos entre o Brasil e a Venezuela na única rota que ainda mantinha operacional, entre São Paulo e Caracas. A economia Venezuelana atravessa uma grave crise, e as empresas estrangeiras estão entre aqueles que são as mais sacrificadas. Devido às restrições cambiais, não podem enviar os seus lucros para os países de origem, levando muitas a encerrar as operações completamente.
A empresa mais recente a abandonar o mercado venezuelano é a maior companhia aérea de baixo custo da América do Sul, a Gol Linhas Aéreas. No dia 9 de Fevereiro, a Folha de São Paulo noticiava:
“Depois de meses de negociações infrutíferas com o Governo da Venezuela para recambiar cerca 351 milhões de Reais, aproximadamente 80 milhões de euros, a Gol decidiu interromper a rota São Paulo-Caracas que está em funcionamento desde 2007. A empresa confirmou a informação ao jornal. Como a medida já entrou em vigor, o voo programado para sair do aeroporto de São Paulo-Guarulhos para Caracas no dia 9 de Fevereiro foi cancelado. Os passageiros afectados estão sendo assistidos para voar noutras Companhias Aéreas. Em 2014, a Gol reduziu a frequência de 28 voos semanais para Caracas para apenas 2. Em diversas reuniões com autoridades venezuelanas, a Gol Linhas Aéreas tentou procurar uma solução para enviar os lucros acumulados para o Brasil a uma taxa de câmbio mais favorável, mas nem mesmo a mediação de Embaixada do Brasil e da Associação Internacional de Transporte aéreo (IATA) foi o suficiente.”
A 2ª maior companhia aérea do Brasil junta-se assim a Alitalia e Air Canada ao abandonar o mercado venezuelano, devido às condições de negócio insustentáveis.
Em 2014, a American Airlines, uma das companhias aéreas que mais voos efectuava entre a Venezuela e os Estados Unidos, reduziu de 48 ligações por semana para 10. A Delta Air Lines também reduziu os seus serviços em 85 por cento.
O jornal Folha de São Paulo também sugere que a TAM, maior companhia aérea do Brasil e uma das maiores da América Latina, também pondera suspender todos os voos para a Venezuela.