A autorização da prospecção de Petróleo ao largo de Aljezur a um consórcio integrado pela ENI e pela GALP conta com a oposição e profundo descontentamento da Região de Turismo do Algarve (RTA). A zona sul de Portugal está preocupada com a imagem e posicionamento da região junto dos seus mercados emissores de turistas, e ainda acredita, que a decisão agora tomada possa ser rapidamente revogada.
Segundo o comunicado da RTA: O Algarve pretende continuar a ser um destino natural reconhecido pela segurança, pela qualidade das suas infraestruturas e pela excelência da sua oferta, respondendo de forma cabal àquilo que são as principais motivações dos turistas que nos visitam. Na foto a praia da Bordeira no concelho de Aljezur.
Desidério Silva, presidente da RTA, afirmou: “Esta é uma decisão que afecta gravemente o futuro do turismo na região, pondo em causa os equilíbrios ecológicos e ambientais perante o eventual avanço de uma actividade altamente poluente e perigosa, numa região que se afirma cada vez mais ao nível do Turismo de Natureza, com uma oferta de praia que está actualmente entre as melhores do mundo, a decisão de autorizar a prospecção de hidrocarbonetos é claramente um atentado à marca Algarve e ao seu valor para a economia do país”.
As receitas geradas pelo turismo algarvio são responsáveis por cerca de 50% das receitas totais. É este valioso activo que está agora em perigo e que a Região de Turismo do Algarve tudo fará para que não seja destruído.
A RTA estranha a decisão do Governo Central, pois há pouco tempo decidiu rescindir os contratos de prospecção e exploração de petróleo no Algarve com a Portfuel e com o consórcio Repsol/Partex. Tudo indicava então que os planos para a instalação de uma indústria altamente prejudicial ao turismo algarvio tinham sido definitivamente anulados. Para a Região Algarvia, os seus foram enganados, tal como a generalidade dos agentes económicos que operam na região e demais entidades que se têm manifestado contra o avanço daquela indústria.