Dada a importância da segurança urbana, a Economist Intelligence Unit, patrocinada pela NEC Corporation, mantém um índice atualizado regularmente para avaliar os principais pontos fortes e fracos das principais cidades do mundo. Esta publicação acompanha o lançamento do SCI2019, a sua terceira edição, que abrange 60 grandes áreas urbanas.
Os indicadores do estudo enquadram-se em quatro grandes categorias ou pilares: pessoal, infraestrutura, saúde e segurança digital.
Segurança Digital
A nível de segurança digital o estudo analisa como entradas: Política de Privacidade; Consciência do cidadão sobre ameaças digitais; Parcerias público-privadas; Nível de tecnologia empregada e Equipas de cibersegurança dedicadas.
A nível de resultados avalia: Risco de ameaças locais de malware; Percentagem de computadores infectados e Percentagem com acesso à Internet.
Nesta categoria a Ásia e os Estados Unidos lideram a classificação, sendo Tóquio a cidade com a maior segurança digital, seguida de Singapura, Chicago, Washington D.C, Los Angeles e San Francisco. As piores são Rangum (Yangon) em Mianmar (antiga Birmânia), Ho Chi Minh City (Saigão) no Vietname e Cairo no Egipto.
Infraestruturas de Segurança
Cidade de Barcelona
A nível de infraestruturas de segurança o estudo analisa como entradas: Aplicação da segurança no transporte; simpatia dos peões e Gestão de acidentes.
A nível de resultados avalia: Mortes por desastres naturais; mortes no trânsito; Percentagem que vive me barracas; Número de ataques a instalações / infraestrutura; Capacidade institucional e acesso a recursos; Seguro de catástrofe; Desenvolvimento informado sobre risco de desastre; instalações de transporte aéreo; Rede rodoviária; Rede de energia; Rede ferroviária e Preparação para segurança cibernética.
Nesta categoria a Europa está bem classificada, nomeadamente Espanha, ainda que o topo pertença à Ásia com Singapura em primeiro lugar, seguido de Osaca, Barcelona, Tóquio, Madrid e Frankfurt. As piores são Caracas na Venezuela, Dhaka no Bangladesh e Lagos na Nigéria.
Segurança na Saúde
Cidade de Amesterdão
A nível de segurança na saúde o estudo analisa como entradas: Políticas ambientais; Acesso aos cuidados de saúde; Número de camas de hospital por 1.000 habitantes; Número de médicos por 1.000 habitantes; Acesso a alimentos seguros e de qualidade; e Qualidade dos serviços de saúde.
A nível de resultados avalia: Qualidade do ar (níveis PM 2,5); Qualidade da água; Anos de esperança de vida; Mortalidade infantil; taxa de mortalidade por cancro; Número de ameaças biológicas, químicos e radiológicas; e Serviços de emergência na cidade.
Esta categoria é liderada pela Ásia e Norte da Europa com Osaca em primeiro lugar, seguido de Tóquio, Seul, Amesterdão, Estocolmo e Frankfurt. As piores são Lagos, Karachi no Afeganistão e Rangum.
Segurança Pessoal
Singapura
A nível de segurança pessoal o estudo analisa como entradas: Nível de envolvimento da polícia; Patrulha comunitária; Dados disponíveis sobre criminalidade nas ruas; Uso de técnicas baseadas em dados para crimes; Medidas de segurança privada; Regulação e aplicação de medidas de controlo de armas; Risco de estabilidade política; Eficácia do sistema de justiça criminal e Monitorização de riscos.
A nível de resultados avalia: Prevalência de pequenos crimes; Prevalência de crimes violentos; Crime organizado; Nível de corrupção; Taxa de uso de drogas; Frequência de ataques terroristas; Gravidade de ataques terroristas; Violência de género (violência doméstica ou machista); Percepções de segurança; Ameaça de terrorismo; Ameaça de conflito militar e Ameaça de distúrbios civis.
Nesta categoria, as cidades que apresentam maior segurança pessoal são Singapura que está em primeiro lugar, sendo também uma das cidades mais visitadas do Mundo, seguida de Copenhaga, Hong Kong, Tóquio e Wellington. A pior do estudo é Lagos, Caracas e Karachi.
Pode consultar mais detalhes sobre o estudo no documento em formato pdf presente no site do Economist.
Classificação Geral das cidades mais seguras e inseguras
Nenhuma cidade de Portugal foi incluída no estudo. Apenas estão incluídas duas cidades que falam português, São Paulo e Rio de Janeiro, classificadas em 42º e 41º, respectivamente.
O Top 10 é constituído por Tóquio, Singapura, Osaca, Amesterdão, Sydney, Toronto, Washington D.C., Copenhaga / Seul e Melbourne.
As 10 piores são Lagos no último lugar, Caracas, Yangon, Karachi, Dhaka, Cairo, Casablanca, Jacarta, Nova Deli e Bogotá.
Na Europa Amesterdão lidera, seguida de Copenhaga, Estocolmo, Londres, Frankfurt, Zurique, Paris, Bruxelas, Madrid e Barcelona.