American Airlines investe 100 milhões no aeroporto São Paulo Guarulhos

Logo do aeroporto de São Paulo GuarulhosO governo brasileiro autorizou a American Airlines Group Inc. a construir um centro de manutenção no aeroporto de São Paulo Guarulhos representando um investimento de 100 milhões de dólares, com o objectivo de ajudar a companhia aérea norte-americana a consolidar as suas operações na América do Sul.

Uma resolução assinada pelo ministro dos Transportes Maurício Quintella foi publicada sexta-feira no boletim oficial, aprovando um acordo entre a companhia aérea e a empresa que opera o aeroporto, o consórcio privado formado pelas empresas Invepar e ACSA (Airports Company South Africa). O acordo permite que a American Airlines ocupe e usufrua de 17 mil metros quadrados do aeroporto por 40 anos.

Com este acordo a American Airlines instalará o seu primeiro centro de manutenção de aeronaves na América do Sul. A companhia aérea norte-americana planeia construir um hangar de manutenção e reparação (MRO) capaz de acomodar aeronaves Boeing 777-300ER num investimento US$ 50 milhões, além dos restantes US$ 50 milhões adicionais para o resto da infra-estrutura.

A American Airlines realizará a manutenção das suas aeronaves pelos funcionários da American Airlines Tech Ops. O novo centro no aeroporto São Paulo Guarulhos não vai alterar os trabalhos de manutenção já realizados em Tulsa ou em qualquer uma das outras cidades dos EUA, de acordo com uma declaração da empresa.

A American Airlines tem voos do aeroporto de São Paulo Guarulhos para Nova Iorque JFK, Dallas/Fort Worth, Los Angeles e Miami, depois de ter cancelado em 29 de Março de 2015 a ligação entre Nova Iorque e São Paulo Viracopos.

Esta decisão do governo brasileiro é o último exemplo dos esforços do presidente Michel Temer para atrair investimentos estrangeiros na modernização dos aeroportos brasileiros. As concessões privadas estão agora a ser autorizadas nos principais aeroportos incluindo Fortaleza, Porto Alegre, Salvador da Bahia e Florianopolis ganhas pela Fraport, Vinci e Zurich, respectivamente. O governo está mesmo a ponderar a venda de acções da empresa estatal Infraero, uma empresa brasileira de infraestruturas aeroportuárias, o que poderia levar à perda de controlo estatal dessa agência.

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