A Companhia Aérea Aeroflot está entre as várias entidades estatais integradas numa lista do governo russo que fazem parte de um plano urgente de privatizações para este ano. O presidente da Rússia, Vladimir Putin reuniu-se na semana passada com o primeiro-ministro Dimitry Medvedev e outros representantes estatais para finalizarem uma lista de empresas e participações que poderá ser vendida durante 2016. O Kremlin espera conseguir mais de 11 mil milhões de euros através das alienações num momento em que a queda dos preços de petróleo e gás, juntamente com as sanções internacionais têm tido um impacto negativo nas receitas russas.
A Rússia, através da Agência Federal de Gestão de Propriedade do Estado (Rosimushchestvo) detém actualmente uma participação de 51.17% na Aeroflot, que está publicamente cotada.
“O processo de privatização desempenha um papel importante na mudança de estrutura da economia russa e estimula o fluxo de investimentos privados”, disse um comunicado presidencial. “Precisamos resolver os parâmetros concretos do Programa de Privatização deste ano e decidir quais as participações empresariais do Estado que podem ser vendidas a organizações privadas, e as que devem permanecer nas mãos Estatais.”
Além da Aeroflot poderão ser postas à venda, outras participações controladas pelo governo nas empresas:
- RusHydro (Hidroeléctrica);
- Rostelecom (Telecomunicações);
- Transneft (Gaseodutos de Petróleo), Rosneft (Petrolífera) e Bashneft (Produtora de Gás e Petróleo);
- Ferrovias Russas (Estruturas e transportes de comboios);
- Sovcomflot (Transporte Marítimo);
- Alrosa (Exploração de diamantes).
Mas, apesar da sensação de urgência, Putin ressaltou que as alienações não seriam feitas a “preços de saldo” e quaisquer potenciais investidores teriam de ter sede na Rússia. E acrescentou, as empresas que são estrategicamente importantes para os respectivos sectores, vão permanecer sob o controle do Estado.