Ryanair responde à greve dos Pilotos na Irlanda, Itália e Portugal

Avião daRyanair na placa do aeroporto da Portela em LisboaOs passageiros que planeiam voar com a low cost Ryanair, enfrentam possíveis interrupções de serviço durante a época de Natal, após alguns grupos da sua tripulação anunciarem greves para tentarem ganhar reconhecimento sindical e melhores condições de trabalho.

Os pilotos e tripulantes anunciaram uma série de greves em diversos países da Europa. Os mais mediáticos têm sido os da Irlanda, um total de 79 pilotos, com sede em Dublin, que farão um dia de greve a 20 de Dezembro, representando quase um terço dos comandantes da Ryanair, com base em Dublin.

Os pilotos sediados em Portugal também decidiram avançar com uma greve no dia 20. A estes juntam-se a tripulação em Itália que planeia parar durante 4 horas no dia 15 de Dezembro. Os pilotos com base na Alemanha também planeiam uma greve, enquanto a Cockpit, o sindicato dos pilotos alemães, disse que os seus membros pertencentes à Ryanair vão lutar por melhores salários e condições se a companhia se recusasse a iniciar conversações. No entanto, os funcionários da companhia aérea low cost na Alemanha prometeram não interromper os vôos durante o Natal.

Numa declaração optimista, a Ryanair disse que saberia lidar com tais interrupções, se ou quando, elas surgirem. No entanto, a companhia aérea pediu desculpas aos clientes por qualquer transtorno ou preocupação, que a greve dos pilotos com base em Dublin pode causar.

A declaração da companhia low cost diz: “A Ryanair está estupefacta com o facto da Irish Air Line Pilots Association (IALPA) ter ameaçado interromper os voos na semana de Natal quando os próprios números da IALPA confirmam que tem o apoio de menos de 28% dos mais de 300 pilotos em Dublin da Ryanair, e quando as bases de Belfast, Cork e Shannon já concordaram com os acordos de pagamento de 20%.”

“A verificar-se uma greve, a Ryanair acredita que esta será em grande parte confinada a um pequeno grupo de pilotos que estão a pensar apenas em si e que em breve deixarão a companhia, por isso não se preocupam com o transtorno que podem causar aos seus colegas e passageiros”, acrescenta o mesmo comunicado.

Os sindicatos têm alegado que a Ryanair não oferece aos pilotos o mesmo salário e condições que os seus concorrentes de baixo custo. Em Setembro, a Ryanair disse que mais de 2.000 voos seriam cancelados, depois de ter reorganizado as listas dos pilotos para cumprir as novas regras da aviação.

Mais tarde, anunciou que 18 mil voos adicionais seriam cancelados durante o inverno, afectando mais de 700 mil passageiros.

A Ryanair já confirmou que todos os pilotos de Dublin que participarem desta greve violarão o acordo de base de Dublin e perderão os benefícios acordados decorrentes das negociações directas com a companhia aérea.

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