O Governo da Tunísia suspendeu no dia 24 de Dezembro as operações da companhia aérea Emirates que ligam o Dubai à capital do seu país, como resposta à decisão aplicada dias antes pela transportadora dos Emirados Árabes Unidos (EAU) de proibir a entrada a bordo de mulheres de nacionalidade tunisinas nos seus aviões.
A política da companhia aérea, que o governo dos EAU atribuiu por razões de segurança, causou uma grande indignação entre a população tunisina, que inundou as redes sociais com comentários críticos contra os Emirados Árabes descrevendo a medida discriminatória e machista.
A reacção do Governo da Tunísia foi anunciada pelo Ministério dos Transportes através de uma declaração na sua página do Facebook, permanecerá em vigor “até que a companhia aérea consiga encontrar uma solução adequada para operar os seus vôos de acordo com o direito internacional”.
Um porta-voz da Emirates Airline confirmou que desde o dia 25 de Dezembro pararam de efectuar os voos entre Tunes e o Dubai de acordo com as instruções das autoridades tunisinas. O governo dos Emirados Árabes Unidos assegurou que tem informações que indicam que uma tunisina ou com um passaporte tunisino poderia cometer “actos terroristas” no seu território, de acordo com a agência de notícias estatal tunisina TAP.
A polémica iniciou-se quando no dia 22 de Dezembro os funcionários da empresa Emirates impediram dezenas de mulheres tunisinas, de embarcaram nos seus aviões sem disponibilizarem uma explicação, inclusive dividindo as famílias com base no género dos seus membros. Esta proibição estendeu-se inclusivamente às tunisinas estariam em escala nos Emirados Árabes Unidos antes de apanharem outro voo para o destino final da sua viagem.