Nova Taxa de 8€ na Noruega gera saída das Companhias Low Cost

3 moedas de uma coroa noruguesaO Partido Liberal de Esquerda da Noruega defendeu a implementação de uma nova taxa aeroportuária no valor de 80 Coroas Norueguesas, aproximadamente 8 euros que deverá entrar em vigor a partir de 1 de Abril de 2016. Face à entrada iminente desde imposto algumas Companhias Aéreas Low Cost como a Ryanair e Wizz Air avisaram que se tal acontecer pretendem diminuir substancialmente os seus voos para os aeroportos noruegueses.

O partido que tem uma politica ecologista exige que este imposto deve ser incorporado no Orçamento de 2016 como forma de provocar a diminuição da procura de viagens aéreas, que é um dos principais poluentes do País. Esta medida deverá gerar uma receita adicional de 2.000 milhões de coroas norueguesas, cerca de 200 milhões de euros.

Um porta voz do aeroporto de Moss (Oslo-Rygge) que é um dos principais hubs na Noruega para as Companhia de baixo custo afirmou na imprensa local, que o seu principal cliente, a Ryanair, advertiu as sérias consequências se o governo norueguês impuser o imposto, chegando mesmo a ameaçar retirar todos os quatro aviões sediados em Oslo Rygge, reduzindo o número de rotas para metade.

O aeroporto afirmou que se tal acontecer o fluxo de passageiros iria descer dos actuais 1.5 milhões de passageiros por ano para 500.000, com as receitas associadas a descerem mais de 140 milhões de coroas norueguesas (14 milhões de euros), o que provavelmente obrigaria o aeroporto a encerrar.

A situação atingiu contornos tão graves que o director de vendas escandinavo da Companhia Low Cost, Hans Jørgen Elnæs, juntamente com o director comercial da Ryanair, David O’Brian, marcaram uma audiência no inicio do mês de Janeiro com Siv Jensen, Ministro das Finanças da Noruega, para tentarem discutir o assunto.

Também a maior companhia low cost do leste da Europa, Wizz Air, já avisou que irá reduzir as suas operações para o aeroporto Sandefjord (Oslo-Torp) com diminuição dos voos para Gdansk na Polónia e o cancelamento da rota para a Bósnia e Herzegovina. Outros aeroportos noruegueses têm relatado ameaças semelhantes de diversas companhias aéreas.

As empresas de aviação têm criticado a recente proposta do sistema fiscal alegando que ela não iria inibir a poluição, mas apenas deslocalizar a sua frota para outros destinos pertencentes às respectivas redes.

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