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Erro Humano no acidente do AH5017 da Air Algérie (Swiftair)

Dados da Autoridade de Investigações e Análise para a segurança da aviação civil (BEA) indicam que o acidente do avião McDonnell Douglas MD-83 da Air Algérie operado pela Companhia Aérea Espanhola Swiftair foi causado por erro humano. O desastre a 24 de Julho de 2014 vitimou 110 passageiros e 6 tripulantes.

Relatório Preliminar do acidente do voo AH5017

A 24 de Julho de 2014, um avião MD-83 com registo EC-LTV efectuava um voo nocturno em África com código AH5017 entre Ouagadougou (Burkina Faso) e Argel (Argélia). A descolagem ocorreu às 01h15, a subida para a altitude de cruzeiro teve lugar sem quaisquer eventos significativos, a tripulação fez várias mudanças na direcção a fim de contornar uma tempestade. O piloto automático e o autothrottle (controlo de potência) estavam ligados. O avião atingiu a altitude de cruzeiro de 31.000 pés, cerca de 9.500 metros. De seguida, o piloto automático é transferido para o modo que mantém a altitude e o autothrottle para o modo que mantém a velocidade (Mach).

Segundo a investigação do BEA, cerca de dois minutos depois de estabilizar a uma altitude de 31.000 pés, cálculos realizados pelo fabricante e validados pela equipe de investigação indicam que o EPR gravado  (principal parâmetro para a gestão de potência do motor), se tornou errado no motor direito e cerca de 55 segundos mais tarde no motor esquerdo. A causa deveu-se provavelmente à formação de gelo nos sensores de pressão localizados sobre os cones do nariz do motor. Se os sistemas de protecção anti-gelo dos motores estiverem activados, estes sensores de pressão são aquecidos por ar quente.

A análise dos dados disponíveis indicam que a tripulação provavelmente não activou este sistema anti-congelação durante a subida e velocidade de cruzeiro, facto que levou a perda de velocidade e consequente desastre aéreo.

Quem é a BEA

A BEA (Bureau d’Enquêtes et d’Analyses pour la sécurité de l’aviation civile) é a autoridade francesa responsável pela realização de investigações de segurança relativas a acidentes ou incidentes graves na aviação civil.

Todos os anos efectua cerca de 250 novos inquéritos aos acidentes ou incidentes nos transportes públicos aéreos e na aviação geral que ocorrem no território francês, incluindo departamentos e territórios ultramarinos.

Além disso, todos os anos a BEA, representa o Estado francês em cerca de 150 novas investigações conduzidas por Países estrangeiros, quer como observador em investigações quando o acidente envolve vítimas francesas, ou quando participam aeronaves de projecto, registo ou fabrico francês.

A BEA oferece assistência técnica, quando uma organização estrangeira necessita de know-how, na maioria das vezes em relação à leitura das caixas negras.

Este organismo tinha em 2011, 110 funcionários, incluindo cerca de 50 investigadores.

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Etiquetas: africaargelia

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