1 em cada 4 assistentes de bordo (aeromoças / hospedeiras / comissários) afirma que já sofreu assédio sexual no decorrer da actividade normal da sua profissão.
O estudo realizado pela Comissão de Igualdade de Oportunidades de Hong Kong (EOC) que distribuiu um questionário a 9.000 profissionais deste setor da aviação, revelou que 27% tinham sido assediados nos últimos 12 meses de trabalho. Por género 87% são do sexo feminino e 14% do sexo masculino.
Conforme definido por uma Portaria de Discriminação Sexual (SDO), o assédio é qualquer conduta indesejável de natureza sexual dirigida à vítima, em que uma pessoa normal se sinta ofendida, intimidada ou humilhada, incluindo a criação de um ambiente de trabalho hostil sexualmente como a exibição de materiais pornográficos ou contando piadas alusivas a sexo no local de trabalho.
O inquérito da EOC concluiu que o assédio aos assistentes de voo é feito maioritariamente pelos passageiros (59%) seguido dos colegas de trabalho (41%), como a tripulação do cockpit.
Em relação à conduta indesejada, foi principalmente manifestada sob a forma de:
- Contacto físico como palmadinhas, toques, beijos ou beliscões;
- Expressões de sexo não-verbais como olhares fixos ou gestos;
- Mensagens electrónicas, piadas ou pedidos de favores sexuais;
- Ambiente hostil como apresentação de objectos obscenos ou pornográficos.
A maioria das companhias aéreas internacionais têm uma declaração de deveres sobre assédio sexual. Dos inquiridos 61% afirmaram que a sua empresa de aviação têm um regulamento sobre o assunto, enquanto 39% desconheciam o facto. Apenas 11% dos entrevistados disseram que a declaração inclui informações sobre o departamento designado para lidar com as reclamações.
Dos assediados apenas 50% reportou o caso ao seu superior ou apresentou queixa por escrito.