Abu Dhabi cria Tribunal de Turistas para aumentar confiança no destino

O Emirado Abu Dhabi vai criar um tribunal especial para lidar com as infracções cometidas pelos turistas como parte dos seus esforços para promover-se como um destino de férias de confiança. O governo diz que o tribunal trabalhará em estreita cooperação com as autoridades envolvidas para garantir os melhores serviços de acordo com as normas internacionais. Contudo, ainda não foram revelados mais detalhes sobre o papel que o tribunal vai desempenhar.

Yousef Saeed Al Abri, sub-secretário do Departamento Judicial, disse à associação local de notícias WAM que o tribunal contribuiria para aumentar a reputação de Abu Dhabi no sector de turismo.

A Organização Não-Governamental sem fins lucrativos Detained in Dubai criada com o objectivo de ajudar as pessoas que se tornaram vítimas de injustiça nos Emirados Árabes Unidos (EAU) afirmou que preferiria ver uma reforma do sistema judicial dos EAU como um todo, mas que a notícia de um tribunal turístico era um sinal encorajador e de esperança.

E acrescentou: “Se de facto os Emirados Árabes Unidos podem agilizar os seus processos judiciais e o retorno de até mesmo alguns passaportes de turistas, este é um passo para melhor. Os turistas que são acusados de delitos menores podem ser detidos (em prisão ou sob fiança)  por vezes por 6 meses ou mais. Durante o processo, eles não estão autorizados a trabalhar e não há instituições de caridade eficazes que lhes dêem alojamento ou apoio.Também terão de pagar os seus próprios advogados e muitas pessoas simplesmente não se podem dar ao luxo de os contratarem.”

Os casos que provavelmente serão encaminhados para um tribunal de turismo incluem acusações de comportamento grosseiro ou insultante, comportamento agressivo na condução, embriaguez pública, roupas inapropriadas, fotografar locais proibidos como o caso dos spotters ingleses, fotografar pessoas sem autorização, beijar em público ou andar de mãos dadas. Actualmente, estas ofensas podem levar o acusado a ser detido por seis meses ou mais antes de ser deportado.